Os 3 conselhos que eu gostaria de ter recebido antes de quebrar a cara com o CESPE / CEBRASPE

Fala, Próximo Concursado! Bora mudar o jogo?

Sei que seu tempo é valioso e limitado.

O edital já tá na praça e você tem pressa! Como todo concurseiro, vai com sede ao pote!

Quer logo correr pra ver aquelas aulas “gratuitas” (porém pela metade) no Youtube, decorar umas tabelinhas da hora no Instagram (pra logo em seguida esquecer tudo, curtindo uma foto de alguém com uma vida melhor que a sua), ou, se for mais hardcore, ler as primeiras páginas do novo .pdf (mais um!) que você acabou de receber no Whats – “mas este é colorido e vem com comentários; agora vai!”, você pensa.

Sei que o relógio não ajuda. O tempo não para. A ansiedade só aumenta.

Se alguém vem falar em “estratégia” e “dia da prova”, você logo vira a cara. “Prova? Que prova? Isso é só daqui a um mês; deixa que, na hora ou um dia antes, eu penso nisso! Agora tenho todos os 78 incisos do artigo 5º da Constituição pra decorar!”, grita aquele sabotador que mora na sua cabeça.

Eu também já pensei assim. E não culpo você por isso. Quem nunca quebrou a cara nos concursos que atire a primeira pedra!

Mas como ninguém tem coragem de falar, eu digo: para de se enganar! Tá errado fazer uma prova – ainda mais CESPE/CEBRASPE – sem traçar um plano.

A maioria do pessoal do universo dos concursos é liso que nem sabonete quando o assunto é estratégia de prova CESPE/CEBRASPE. Vivem medindo as palavras enquanto dão aquela ajeitada na gravata. Não cansam de repetir que não existe plano perfeito e, no final, acabam deixando você com trocentas alternativas. Você termina de ler aquele artigo enorme e pensa: “Tá!, e agora? O que eu faço com isso? Perdi meia hora lendo isso e não me ajudou em nada! Vou voltar pra aquela aula do ‘professor soninho’ que faz mais de dez anos que não faz um concurso”.

Quanta novidade! Até quem nasceu ontem sabe que nada é impossível e que, inexplicavelmente, sempre há alguém se dando bem na vida mesmo fazendo tudo errado. Blá-blá-blá.

Direto ao ponto.

Eu sou um cara normal. Não devo nada pra ninguém. Não tenho medo de expor pra você tudo o que eu, como concurseiro calejado, aprendi com as minhas incontáveis reprovações. Foi graças a isso – e não às críticas dos desacreditados – que eu, por exemplo, pude vencer o CESPE/CEBRASPE, pra hoje ter a vida que levo no meu cargo atual.

Meu objetivo é me conectar com você e outras pessoas que se encontram nessa caminhada dos concursos e que não se enxergam naquele professor meio mala do cursinho, sempre aprovado em 1º lugar em tudo, de primeira, tendo zerado a vida já aos 22 anos. Gente de carne e osso que está com a sensação de rumo perdido, frustração ou descrédito – assim como eu já estive no passado –, ou que busca só aquele detalhe que falta pra vencer.

Veja se faz sentido pra você.

Aqui vão três conselhos que eu gostaria que alguém tivesse me dado antes de eu quebrar a cara com o CESPE/CEBRASPE:

1)  Não comece comprando cursinho ou material:

Falo mesmo: concurseiro(a), o seu primeiro passo NÃO deve ser comprar um cursinho.

A maioria por aí só quer o seu dinheiro e enfiar um monte de material goela abaixo.

Eles sabem explorar o mito de que passa na prova quem decora mais matéria, quem ostenta o .pdf mais estiloso ou assiste a aulas na plataforma mais cara do mercado.

Quem está comprometido em ser o Próximo Concursado não pode cair nesse canto da sereia!

Como assim?

Antes mesmo de abrir a Constituição ou de pagar pelo acesso a um site de questões, você precisa focar naquilo que considero ser o coração da sua missão: seu PLANO DE APROVAÇÃO.

Quais são seus recursos ($)? Seu tempo livre? Seu desempenho até aqui em provas? Sua afinidade com as matérias? Suas ações, dia-a-dia, na reta final para a prova (especialmente 30 dias finais)?

Coloque tudo no papel e, somente aí, veja se vale a pena (ou não) comprar no desespero aquele pacotão de mil e uma aulas/questões/.pdfs.

Vai por mim: primeiro o plano, depois o cursinho ou o material.

2)  Defina uma técnica de ataque para a prova objetiva do CESPE / CEBRASPE:

A maioria que faz prova CESPE/CEBRASPE não reprova por falta de conhecimento da matéria.

Reprova porque não sabe jogar o jogo. Fracassa porque não possui uma direção!

Por causa do sistema de avaliação todo diferentão, em que cada erro geralmente exclui um acerto, fazer 100 de 120 questões – ou seja, 83% da prova – não é garantia de nada.

Se quiser dar uma de Rambo e sair atirando pra tudo quanto é lado, vai em frente.

Eu só não recomendo.

Antes mesmo de começar a estudar, você precisa ter em mente qual é a nota de referência (NR) a ser alcançada para você passar e ser chamado.

Seu foco deve ser a nota (estimada) de corte e nem um ponto a mais. Dê uma olhada no resultado do concurso anterior para ter uma boa noção. Se seu foco é delegado federal ou agente da PF/PRF, vá direto na fonte (site do CESPE/CEBRASPE) e veja os editais do último concurso. As notas tendem a se repetir.

Com base nisso, estabeleça o primeiro ponto da sua estratégia: (a) responder a todas as questões (o que eu não recomendo) ou (b) deixar algumas questões em branco.

Num universo de 120 questões, trace um cenário ideal de quantos acertos são necessários, quantos erros, toleráveis e com quantos coringas (em branco) você vai jogar.

Seja fiel ao número que encontrar, pois ele será nada mais nada menos que a sua bússola quando for fazer simulados ou questões.

Ah, se encontrar dificuldades neste ponto, não pire! Logo logo vou trazer um post especialmente falando sobre isso!

3)  Trace, agora, uma estratégia para redação do CESPE / CEBRASPE:

Não existem duas provas: uma objetiva e outra de redação. Você sabe disso.

No CESPE/CEBRASPE, tanto as questões de certo e errado como a redação são feitas no mesmo dia.

De nada adianta ir bem na primeira etapa e ficar pra trás na redação. Já passei por isso e a experiência não é nada boa!

Tenha em mente o seguinte: a redação é a catapulta que vai lançar você posições acima.

Não estou exagerando quando digo que a redação muda o jogo.

São 13 (PF), 20 (PRF), 24 (Delta/PF) ou até 40 (tribunais) pontos livres de penalidade e que não pressupõem o conhecimento de uma imensidão do edital.

Tirando algumas exceções, os temas das redações são justos e abordam algo bem próximo daquilo que o ocupante do cargo em disputa vê na sua atuação prática.

Então por que você vai mal ou teme a redação?

Por que não vê resultado naquela história de fazer mil textos de mentirinha em casa?

Tem muita coisa sobre redação que eu quero falar pra você. Por enquanto, vou me limitar a dizer que o que falta é estratégia – e não mais material!

Responda a si mesmo(a): você deixa pra pensar na redação somente no fim da prova? Calcula com quanto tempo pretende, de fato, chegar na redação? E quanto tempo leva para fazer uma, mesmo sem saber o assunto? Faz a prova escrita com a mesma mentalidade da prova objetiva? Sabe o formato padrão do seu texto (por onde começar e como terminar), independentemente do tema? Conhece como funciona a correção de uma dissertação em concurso? Ou ainda escreve como se estivesse no vestibular ou mesmo fazendo uma prova da escola?

Seja sincero(a) com as respostas e organize-se desde já, tendo claro que a prova é uma só!

Até aqui você já deve ter percebido que cada um desses conselhos guarda uma ideia forte por trás: poupar o seu tempo, racionalizar o seu estudo e potencializar as suas chances na hora da prova.

O Próximo Concursado não subestima o poder da estratégia, porque sabe que é furada estudar no escuro!

Fique atento aos próximos posts. Neles, iremos pra cima de cada um dos temas abordados hoje: (a) plano de aprovação, (b) técnica de ataque em objetiva e (c) estratégia de redação, tudo com foco na banca CESPE/CEBRASPE.

Ao avançar, tenha em mente as 5 regras ocultas por trás de uma prova CESPE/CEBRASPE. Clique AQUI e dê o próximo passo na direção da sua aprovação!

Bora mudar o jogo e passar nesse bendito concurso!

Vem que ainda tem muita coisa boa pela frente.

Fé na Missão!