Pare de pular de cabeça em piscina vazia: descubra se o perfil de ataque (PA) “Tudo-ou-nada” é o melhor para você ter sucesso na prova objetiva CESPE / CEBRASPE

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Fala, Próximo Concursado! Bora mudar o jogo?

Antes de mais nada, eu sou obrigado a fazer uma pergunta muito, mas muito importante. Mas olha só, eu preciso que você seja sincero(a), senão vai dar ruim. Beleza? Então, lá vai: você sabe nadar?

Quê?! Como assim? Que isso tem a ver com o meu concurso?”, você se pergunta ao mesmo tempo que me acusa de louco – “Só pode, esse aí deve ter um parafuso a menos de tanto estudar!”

Vai com calma. Puxe uma cadeira aí e deixe eu explicar.

Se você sabe nadar (nível profissa, cachorrinho ou só boiar mesmo) é porque você, ao menos uma vez, já entrou na água.

Não dá pra dizer que nada sem antes se molhar.

Pode até ser que as técnicas você tenha aprendido em algum lugar bacana e seco. Porém, não dá pra escapar: a água é o meio onde você se movimenta, aplica o que sabe e avança. Sem ela, você não vai a lugar nenhum.

Pois é. Parece óbvio, não?

Acontece que a maioria dos concurseiros passa a vida desejando aprender como dar o pulo de cabeça perfeito – chega a decorar a pose e toda teoria por trás –, mas esquece que a piscina está vazia!

É bem isso. Fazer a prova sem definir corretamente o seu perfil de ataque (PA) é como querer nadar sem água.

De uma vez por todas, ponha na sua cabeça que você precisa de um meio para atingir o seu objetivo.

Assim como é por meio da água que você alcança a outra borda da piscina, é por meio do seu perfil de ataque (PA) que você age para obter a nota de referência (NR). Parênteses: se você tá boiando e ainda não foi apresentado à NR, clique AQUI.

Veja se faz sentido pra você.

Como sempre digo, existem dois perfis de ataque (PA) para a prova objetiva do CESPE/CEBRASPE: tudo-ou-nada ou o calculista.

Hoje o papo vai ser sobre o primeiro deles: o tudo-ou-nada.

Sem dúvidas, o tudo-ou-nada é o queridinho dos gurus e matemáticos do Youtube. Quando se opta por ele, fica expressamente proibido deixar questões em branco. Todas as perguntas devem ser respondidas, sem exceção.

É incrível! Pra justificar essa opção, todo mundo segue o mesmo roteiro.

Vou quebrar esse galho e resumir pra você:

  1. Primeiro eles contam que, quanto maior o número de pontos em jogo, maior é a sua chance de se sair bem. Falam que quem não deixa nada em branco disputa 120 pontos (oh!);
  2. Depois metralham você de números que você jamais vai checar, concluindo que a matemática está a favor de quem responde a tudo;
  3. A cereja do bolo vem quando dão a genial e derradeira dica: “se você encontrou 60 erros, é só (!?) considerar todas as demais corretas”;
  4. O the end você já sabe: propaganda de algum curso caro.

Tá aí. Poupei horas e horas suas com vídeos interminavelmente chatos no Youtube. (de nada)

A pergunta que fica é: se é tudo tão lógico e simples, por que essa sensação ruim, essa angústia de que isso não faz sentido pra você?

Eu nem vou duvidar se o seu guru, na prova dele (se é que ele fez uma na última década), utilizou tudo o que hoje ele vende por aí na internet.

Meu foco aqui é tirar essa sua dúvida, que já foi a minha também.

Vai por mim: não pule de cabeça nessa!

Antes de você decidir se o perfil de ataque (PA) tudo-ou-nada foi feito pra você ou não, preste atenção nestas 4 verdades:

 

1) Nunca é 50%:

A vida real (a sua!) não é um exemplo matemático. E você não está no vácuo ou em condições ideais de temperatura e pressão. Pelo contrário, você, na hora da prova, está bem no olho do furacão!

A chance de acerto/erro nunca é 50%!

Pare e pense: a prova é feita pra pegar você na curva. Tudo é minuciosamente pensado para eliminar você, para confundir, desestabilizar e fazer você errar até mesmo (e principalmente) aquilo que estudou. Triste, mas é verdade.

Nas equações dos gurus do Youtube, você é tido como um robô no espaço, frio e calculista, que sai chutando cegamente questões por aí. Mas na real nunca é assim!

Toda questão mexe com você – desperta flashes de momentos vividos, emoções, etc. – e é interpretada e julgada a partir da sua bagagem de vida e de quanto tempo de prova ainda resta.

Por isso, sem uma boa técnica de resolução de questões, horas-bunda de estudo e um pouco de sorte, a probabilidade de dar errado é muito maior que 50%. 

Acredite. Na hora H, a conta deles não fecha!

 

2) Não caia no “é só” deles. Chute não é estratégia:

Não se engane achando que “é só” encontrar 50 ou 60 erros na prova. Digo erros de verdade, e não aquela montoeira de questão correta que você marca como errada por equívoco.

Desculpe, mas não é assim que a banda toca… Fosse, você e a torcida do Flamengo já estariam aprovados.

Sou franco a dizer. Se você é alguém que consegue encontrar, com certeza, tantos erros assim numa prova CESPE/CEBRASPE, você não precisa de mais nada. É só correr pro abraço.

E, pra constar, antes que você retruque: sim, eu acho importante saber que a prova é balanceada. Mas outra hora conversamos sobre como tirar o melhor proveito disso, de modo eficiente e sem ilusões.

 

3) Lado bom. Maior “tolerância de erro” (TE):

O lado positivo da opção por responder a todas as questões (PA tudo-ou-nada) é que isso permite você errar mais – a chamada “tolerância de erro” (TE).

Sem dúvidas, quando você disputa todos os pontos, fica uma gordurinha a mais pra ser queimada. Cada erro cometido acaba “penalizando menos” você.

Por exemplo, você pode errar 15 questões em 120 (o que é bastante) e ainda assim tirar um notão.

Porém, olhe pelo outro lado.

 

4) O outro lado da moeda. “Exigência de acerto” (EA) nas alturas:

Disparado, o tudo-ou-nada é o perfil com a “exigência de acerto” (EA) mais alta.

Fica fácil visualizar isso. Olha só.

Como o CESPE/CEBRASPE costuma penalizar muito cada erro (1 pra 1) e como se erra mais quando se responde a tudo, você, automaticamente, acaba precisando acertar um número muito elevado de questões pra se garantir. E pra acertar muito de tudo que é matéria, você necessita estar muito bem familiarizado com todo o seu edital.

De longe, é a estratégia que mais cobra bagagem do candidato.

Vou dar um exemplo. Pelo tudo-ou-nada, para alcançar uma NR de 89, você deve acertar 105 das 120 questões. Cara, 105 acertos é muita coisa! Eu, sinceramente, nunca cheguei nem perto disso e nem acho que seja preciso acertar tanto assim pra passar (há outro caminho, relaxa).

 

Por isso, a menos que você tenha praticamente fechado o edital e esteja voando nas provas (aqui falo do dia D mesmo, e não do faz-de-conta no conforto da sua casa), eu não recomendo o perfil tudo-ou-nada.

Claro, se você se enquadra nesse perfil, vá em frente. Fique atento aos novos posts para aperfeiçoar os demais aspectos da sua preparação e siga firme. Você está quase lá!

Agora, se você quer descobrir como atingir sua NR (nota de referência) sem precisar acertar tantas questões assim, então você precisa saber mais sobre o perfil “o calculista”. Tem tudo pra ele ser o mais indicado para você!

Falando nisso, ficou imperdível o post completaço que fiz a respeito. “É sóclicar AQUI. Depois me conta o que achou aí nos comentários.

Bora mudar o jogo e passar nesse bendito concurso!

Vem que ainda tem muita coisa boa pela frente.

Fé na Missão!

 


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Rodrigo Alfonso Campestrini

Rodrigo Campestrini, tenho 29 anos e sou de Timbó/SC. Atualmente concursado (analista judiciário) em Brasília. Já passei em 9 concursos de nível superior, incluindo os de Promotor de Justiça, Procurador Legislativo, Analista Judiciário do Poder Judiciário da União e Oficial de Justiça Federal do STJ. Estou aqui para usar minha experiência para fazer você passar no concurso que quiser.

Website: https://www.oproximoconcursado.com