Não jogue fora os seus coringas: aprenda por que “O Calculista” pode ser o caminho da sua aprovação
Fala, Próximo Concursado! Bora mudar o jogo?
Conheço bem a cena. Você ainda está aqui com uma pulga atrás da orelha.
Normal desconfiar.
Afinal, não faz muito tempo você teve a brilhante ideia de jogar no Youtube as palavras “CESPE/CEBRASPE” e “segredos / truques / estratégias”. Pra surpresa de ninguém, você logo viu a ansiedade disparar diante de uma infinidade de vídeos. Mesmo assim, respirou firme e foi clicando em todos… até ter aquele velho conhecido resultado: a sensação de culpa pelo tempo perdido.
“Como pode? Só hoje esse é o terceiro youtuber que me diz que acabou de descobrir a mesma coisa!”. “Só podem estar de sacanagem com a minha cara concurseira acabada”.
Caia na real! Você achou mesmo que num vídeo de 500 mil visualizações ia ter uma revelação bombástica, realmente útil? Se fosse assim, teria mais concursado que concurseiro por aí…
Olha só. Sem brincadeira, existe uma coisa que vai ajudar você, de verdade, a atingir o seu alvo: a correta escolha do seu Perfil de Ataque. Sua Nota de Referência (veja mais AQUI) depende disso!
É crucial saber, já hoje, como você vai encarar a objetiva do CESPE/CEBRASPE. Se é apostando no tudo-ou-nada ou se é jogando como o calculista.
Se quiser dar uma pausa e descobrir primeiro como funciona o tudo-ou-nada, clique AQUI.
Daqui pra frente, o assunto vai ser o calculista. Bora?
Veja se faz sentido pra você.
O Perfil de Ataque o calculista joga da seguinte forma tanto nos treinos como na prova:
- Estabelece quantas e quais questões vai cobrir com coringas (deixar em Branco);
- Define um teto de Erros que pode cometer; e
- Fixa quantos Acertos são necessários para essa conta fechar certinho, atingindo a Nota de Referência (NR).
“Mas por que deixar questões de fora, na contramão do que eles dizem por aí? E como eu faço pra achar esses números todos?”, você deve estar se perguntando.
Bom, vamos por partes. Primeiro, o porquê.
O coração dessa estratégia é extrair vantagem do correto uso das questões em branco.
A importância disso é tão grande que eu chamo as questões em branco de verdadeiros coringas. Seu papel no jogo? Bem, servir de…
TAPA-BURACOS DA SUA PREPARAÇÃO
Se você é uma pessoa de carne e osso, como eu também sou, certamente sua preparação é repleta de falhas.
Ninguém sabe como se preparar perfeitamente para um concurso. Nem mesmo aquele seu conhecido que se acha um monte e vive espalhando fakenews sobre os próprios dotes concurseiros.
Por mais que a gente se esforce, sempre haverá buracos pelo caminho.
Sempre vai ter uma matéria que você não consegue estudar, um assunto que não entra na sua cabeça, um tipo de questão que você não acerta nem com reza braba…
Não há como evitar os buracos. Porém, existe como tapá-los.
Essa é a ideia dos coringas!
Claro que o ideal seria você tirar tudo de letra e gabaritar toda a prova.
Só que a realidade nua e crua é outra.
Pode acreditar! Colocar os coringas no lugar certo faz toda a diferença!
Provo.
Aqui vão 7 vantagens imediatas dessa estratégia (que é a minha preferida, confesso):
1) MAIOR CONTROLE DA PROVA:
Ir pra prova com o trio (Acertos / Erros / Brancos) bem definido faz você adotar uma postura mais equilibrada e segura.
Ainda mais se você calibrar esse trio (A / E / B) conforme a regra do Mínimo Esforço Necessário (MEN) – que eu logo logo vou revelar pra você (aguenta aí!).
Não tem erro. Quem, desde antes da prova, já sabe o baralho com que vai jogar acaba tendo mais controle da partida.
2) MAIS TEMPO DE PROVA:
Seu maior tesouro na prova é o tempo. O estudo vem depois!
Duvida?
Sem tempo, o nervosismo domina. Você fica cego e não consegue pensar direito.
Resultado?
Erra o que sabe ou, pior, troca as bolas na hora de passar pro gabarito.
Por isso, digo: seu maior ativo é o tempo… esse mesmo que você curte desperdiçar!
Sabe aquela pergunta cuja redação é tão difícil que nem parece escrita em português?
E aquela outra que de tão grande parece mais um textão no Facebook? Tem também as mais cabulosas, as polêmicas, as da matéria que você odeia e as questões-combo (cinco no lugar de uma).
Então, sabe quanto elas valem? A mesma coisa que todas as demais: 1 mísero ponto!
O problema é que o “custo-tempo” desse 1 pontinho é muito mais alto.
Embora essas questões cabulosas sejam a minoria na sua prova, são elas que mais consomem o seu tempo (o maior bem de um concurseiro) e deixam a sua prova mais longa. O ponto comum entre elas? Fazer você bater cabeça e empacar onde não precisa, pra depois fazer correndo a parte mais fácil da prova.
O lado bom é que essas questões seguem um padrão e são facilmente identificáveis.
É aí que entra o jogo.
Ao ver uma assim, nem pense duas vezes. Rapidamente, ponha um coringa sobre ela e siga a prova. Assim, você acabará deixando a sua prova mais curta. Se der, depois você volta atrás e resolve. Se não der, vida que segue (com mais tempo, claro!)!
3) ENCOLHIMENTO DO EDITAL:
Nunca temi o tamanho de edital (e você também não deveria).
Isso porque sempre o encarei como um norte, não como um local de chegada.
Olha, eu não tenho vergonha nenhuma de falar a verdade nem medo do que você vai pensar.
A real é que eu nunca consegui fechar o edital de nenhum dos vários concursos que fiz, passei e fui chamado.
Estudar tudo é utopia / desculpa pra vender cursinho / enganação dos se achani mesmo.
Você escolhe.
Pra mim, é uma linha no horizonte, uma direção pra onde devo caminhar. Nessa estrada, claro, há buracos.
E como tapar esses buracos? Conhecendo a prova.
Veja quantas questões de cada matéria costumam cair. Tenha claro o seu desempenho com relação a cada uma delas e também o seu grau de afinidade com as matérias. Agora olhe para o edital. Você vai perceber que muitas matérias ocupam espaços enormes do edital mesmo caindo muito pouco nas provas.
“Ah, então quer dizer que eu não devo estudá-las?” Óbvio que deve na medida do possível!
“Mas e se eu não tiver tempo suficiente e a prova for logo aí?”
É aí que entra o jogo.
Uma saída é sacrificar essa matéria em troca de outras mais “rentáveis” para você.
Seus estudos ficarão mais otimizados (sob o ponto de vista “tempo/resultado”) e o edital ficará “menor”.
Na hora da prova, tampe com coringas as questões dessa matéria que é grego pra você e siga o baile.
4) EVITA A PERDA DO FOCO:
Você pode até ter um cargo dos sonhos. Mesmo assim, dificilmente você faz só aquele concurso. Ainda mais no cenário de crise atual, em que é preciso se agarrar a toda oportunidade que aparece.
O lado bom é que a maioria das provas possui uma grande base comum. A diferença fica em uma e outra matéria.
O lado ruim é que, ao fazer várias provas, você é atiçado a sair da sua base. A maré vai tentar jogar você pra tudo quanto é lado. E isso é um erro fatal.
“Quer dizer que eu não devo sair fazendo várias provas por aí?” Nada disso! Quanto mais provas você puder fazer, melhor!
O master importante é você não se distanciar demais da sua base.
É aí que entra o jogo.
Sacrificar uma matéria com coringas pode evitar que você se distancie muito do seu trilho e permite constância a médio e longo prazos.
Eu sempre segui isso à risca! Exemplo. Meu sonho sempre foi ser juiz ou promotor estadual. Quando surgiu a prova CESPE/CEBRASPE de Oficial de Justiça do STJ em 2018 e eu vi que caía direito previdenciário (matéria que eu não estudo), na hora eu já sabia onde gastaria meus coringas. Deu certo!
5) BARREIRA CONTRA ELIMINAÇÕES INJUSTAS:
A gente já viu no outro post (AQUI) que a barreira de quem não deixa nada em branco (PA tudo-ou-nada) é um índice de acerto muito elevado.
Jogando assim, você pode fazer 100 acertos num total de 120 questões e mesmo assim ficar de fora.
É o que eu chamo de “ganhar, mas não levar”. O gosto disso é amargo, ainda mais quando você percebe que a maioria dos aprovados para a fase seguinte não precisou fazer tantos acertos assim.
O guard rail do calculista é outro.
Sua barreira é erguida a partir do uso correto dos coringas com o objetivo de diminuir a margem de erro e, assim, garantir que, mesmo com uma quantidade boa de acertos, você não fique de fora.
6) MENOR EXIGÊNCIA DE ACERTO:
Vários caminhos levam você a Roma.
89, 94 ou 104 acertos podem gerar a mesma pontuação numa prova CESPE/CEBRASPE.
Como explicado no post anterior (AQUI), suas chances de erro aumentam muito nos pontos mais críticos da prova. Em razão do fator humano, nunca é 50% pra cada lado da moeda.
Tapando os buracos da sua preparação com coringas, você concentra suas forças naquilo que sabe mais e melhor, evita as questões mais cabeludas da prova, ganha tempo e, de quebra, diminui as chances de cometer erros.
Assim, mesmo com dez acertos a menos (algo extremamente considerável numa prova CESPE/CEBRASPE), você pode ter um resultado igual ou melhor do que seu concorrente.
7) RISCO CONCURSO MAIS BAIXO:
Até aqui deve ter ficado claro pra você que o calculista busca diminuir, ao máximo, os riscos do seu investimento pessoal (do concurso). Isso em todos os aspectos, seja nos estudos como na prova.
O calculista é, antes de mais nada, uma visão racional e estratégica do concurso.
Jogue com o pé no chão.
É claro que não dá pra sair deixando tudo em branco. Afinal, “questão em branco não dá ponto” (certeza que você já ouviu essa frase por aí).
O segredo é não mentir para si mesmo a respeito do estágio atual da sua preparação e dos seus resultados nas provas.
Elimine os achismos e as mentiras. De nada ajuda falar que teria pontuado se…, que a banca é quem está errada…, que acertou mesmo tendo marcado errado no gabarito… que não lembra qual marcou só pra não dizer que errou coisa besta…
Vai por mim, confie nos dados.
Quanto mais preparado, menos coringas você usa. E vice-versa.
E quando for obrigado a usar, faça isso de maneira consciente, com o foco em diminuir os riscos da sua prova e, claro, tapar os buracos da sua preparação.
O calculista, portanto, serve para a maioria dos concurseiros e concurseiras. Pessoas normais, “esforçadas” (essa palavra é ótima), mas que não conseguem digerir 100% do edital do concurso nem mesmo fazer um número absurdo de acerto nas provas.
Agora que você já viu por que motivos o calculista tem tudo pra ser a estrada da sua aprovação, conta aí nos comentários se isso fez sentido pra você!
Alerta vermelho: todo mundo sabe que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.
Coringa demais na mão não dá jogo!
Por isso, aprender como jogar com eles é vital.
A notícia boa é que tem um post da hora esperando você, pronto para mostrar como funciona a regra do Mínimo Esforço Necessário (MEN), que vai ajudar você a definir os números da estratégia o calculista.
Clica AQUI e aprenda COMO.
Bora mudar o jogo e passar nesse bendito concurso!
Vem que ainda tem muita coisa boa pela frente.
Fé na Missão!
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