Você não precisa resolver todas as questões na prova CESPE / CEBRASPE: conheça a regra do Mínimo Esforço Necessário (MEN)

Fala, Próximo Concursado! Bora mudar o jogo?

Deixa eu compartilhar uma coisa bem pessoal contigo.

Em 2015, depois de receber o terceiro NÃO seguido do CESPE, e com minha próxima prova à vista, tava na cara que eu precisava parar de agir como um kamikaze.

Eu já estava no meu limite, à beira do burnout, tomando soro no hospital.

Não existia espaço pra estudar mais. E eu estava longe de fechar o edital.

A saída?

Jogar melhor!

Foi então que surgiu o calculista. Aí decidi que não resolveria todas as questões.

A estratégia é real! Não é algo que acabei de inventar. E, sim, eu pratico o que eu falo.

Deu certo (e não foi a única vez)! Sendo bem sincero, se eu hoje vivo uma vida confortável, com saúde física, mental e financeira e com amor ao meu trabalho, é porque eu tomei a decisão correta de mudar a minha postura de prova.

Se você vem acompanhando o Próximo Concursado (tamo junto!), a esta altura já deve saber por que o jogo do calculista é este aqui:

1. Deixar estrategicamente questões em Branco;
2. Definir um teto para o Erro; e 
3. Prever quantos Acertos são necessários para essa conta fechar com segurança, atingindo a Nota de Referência (NR).

Agora, se você ainda tá com uma pulga atrás da orelha ou não se sente familiarizado com o que eu estou falando, leia este post AQUI antes de prosseguir. Nele você vai descobrir 7 motivos pra você escolher o calculista como o seu Perfil de Ataque.

Direto ao ponto.

Eu sei que ainda resta uma pergunta no ar e que você veio em busca da resposta.

“Como eu faço pra achar esses números da estratégia o calculista?”

Respondo.

Siga a regra do Mínimo Esforço Necessário (MEN).

Veja se faz sentido pra você.

REGRA DO MÍNIMO ESFORÇO NECESSÁRIO (MEN): ASSUMA O CONTROLE DA SUA PROVA

Ou você está no controle ou é a prova quem controla você.

Domina a prova quem encontra o equilíbrio entre brancos, erros e acertos.

Não é fácil, eu sei, já que o cobertor é curto.

Se você joga sem coringas (tudo-ou-nada), a Exigência de Acerto (EA) vai lá nas alturas. 

Se você exagera na dose, acaba se eliminando antes mesmo de conferir o gabarito.

O segredo é observar a regra do Mínimo Esforço Necessário (MEN): seu ponto de equilíbrio e controle.

Com a regra MEN, você é capaz de desvendar com quantos coringas (questões em Branco) você pode jogar de forma segura, isto é, sem o risco de quebrar as próprias pernas.

E mais: com o Mínimo Esforço Necessário, você é capaz de definir, concretamente, uma meta de acertos (seu ataque) que seja real para você.

Vou explicar com um exemplo.

Digamos que a sua NR (nota de referência) seja 89 entre 120 pontos. Pra ser mais preciso ainda, vamos eliminar a hipótese de Erro 0.

Veja só.

Se a sua NR é 89, vários caminhos podem levar você até ela, certo?

1. Um é o Máximo Esforço Possível (Máx.): 104 (Acertos) / 15 (Erros) / 1 (Branco);
2. Outro é o Mínimo Esforço Possível (Mín.): 90 (Acertos) / 1 (Erro) / 29 (Brancos).

Ambos os caminhos, teoricamente, fecham 89 pontos.

Mas concorda que nenhum deles serve na prática? Primeiro porque 104 acertos é demais da conta! Depois porque só sendo o Jiraya pra conseguir fazer 90 questões e só errar 1 única vez.

A solução, insisto, está no equilíbrio da balança entre o Máx. e o Mín. Esforço Possível.

É isso que chamo de Mínimo Esforço Necessário (MEN)!

Para encontrá-lo, siga esta lógica:

1. Partindo do Máx. para o Mín.: 1 Acerto a menos / 1 Erro a menos / 2 Brancos a mais;
2. Partindo do Mín. para o Máx.: 1 Acerto a mais    / 1 Erro a mais    / 2 Brancos a menos.

Desenhando, fica assim no nosso exemplo (NR 89):

1. Partindo do Máx. para o Mín: 104 / 15 / 1 → 103 / 14 / 3 → 102 / 13 / 5 → …
2. Partindo do Mín. para o Máx.:  90 / 1 / 29 →   91 / 2 / 27 →   92 / 3 / 25 → …

“E qual seria o MEN nesse caso?”

Se você é bom de matemática, deve logo ter pensado em “97a / 8e / 15b”, que é exatamente o ponto central entre o Máx. e o Mín. do nosso exemplo.

Cuidado!

Como eu disse da outra vez: você não é um robô no espaço, flutuando em condições ideais de temperatura e pressão.

Tudo vai depender da sua realidade, do seu desempenho nas provas.

Pode ser 97 / 8 / 15? Pode.

Pode ser 100 / 11 / 9? Claro.

E 95 / 6 / 19? Por que não?!

Quem tem que dizer isso é você.

Você é o responsável por dar esse passo de máxima importância na sua jornada!

Mas é claro que eu não vou jogar isso na sua cara e sair de fininho, como a maioria faz por aí.

Deixa que eu resumo.

Para você desenvolver uma visão estratégica na sua próxima prova CESPE/CEBRASPE, siga os 7 MANDAMENTOS do calculista:

1º) DIGA A VERDADE:

Ou ao menos não minta para si próprio nem perca tempo tentando impressionar seus colegas.

Construa a sua jornada em solo firme, em cima de dados – os seus.

2º) NÃO TRANSFORME A EXCEÇÃO EM REGRA:

Quanto mais avançada estiver a sua preparação, menos buracos você terá para tapar com coringas (questões em Branco).

Logo, sua dependência por coringas deve diminuir à medida que você for tomando gosto pelo jogo.

Ao mesmo tempo, sua chance real de acerto subirá se você for melhorando sua compreensão-base das matérias, souber identificar as palavras-gêmeas dos principais temas, aprimorar a sua gestão do tempo e das emoções na hora H, enfim, desenvolver suas habilidades de resolução de questões, e por aí vai.

Use os coringas de forma estratégica. Não pense só em quantas, mas também em quais questões você deixará de responder. O último post (AQUI)  pode dar pra você uma boa direção.

Sua preparação (integral) é a regra. Os coringas, a exceção.

3º) ENCONTRE A SUA NOTA DE REFERÊNCIA (NR):

Não confunda com o que eles chamam por aí de “nota de corte”.

Clique AQUI e descubra.

4º) LOCALIZE O MÁX. E O MÍN. ESFORÇO POSSÍVEL:

Lembre-se de desconsiderar a hipótese de Erro 0.

Qualquer coisa, tome como referência o exemplo que eu acabei de mostrar pra você.

5º) BUSQUE O MEIO-TERMO ENTRE OS EXTREMOS. SEU MÍNIMO ESFORÇO NECESSÁRIO:

Para isso, seja sincero consigo mesmo e pergunte-se:

1. De quantos coringas (em Branco) eu verdadeiramente preciso pra tapar os buracos da minha preparação?
2. Qual é uma margem de Erro aceitável pra mim?
3. Qual é o número de Acertos possíveis dentro da minha realidade?

6º) SEJA FIEL AO SEU BARALHO:

Depois que você estiver com o seu baralho montado de acordo com a regra do Mínimo Esforço Necessário (A / E / B), não invente moda.

Seja fiel ao seu jogo mesmo quando estiver no olho do furacão.

Eu sei que, na hora da prova, o desespero vai bater e você vai sentir vontade de deixar muito mais questões em branco.

Fique firme. Não recue. Mantenha a sua posição.

É um erro fatal deixar a emoção do momento guiar você.

Não lance mais coringas que o previsto na sua estratégia.

Encare assim. Esse número de questões em Branco é um teto pra você.

Não é um dever.

O ideal é que, na hora da prova, você consiga lançar até menos coringas que o previsto.

Nunca a mais, beleza?

7º) PRATIQUE:

O concurso é um processo, não é um evento isolado.

Esse processo (o seu concurso) é formado por vários e vários eventos.

A prova é um desses eventos, só que com dia e hora marcados.

O concurso é todo dia!

É agora enquanto você está aqui buscando mudar o jogo. É aquela horinha que você tira para exercitar seu corpo, sua mente, sua fé. É o momento em que você recarrega as energias com seus amigos ou familiares. É cada hora-bunda de estudo ou treino, mas é também cada momento desperdiçado.

O concurso é o seu processo.

Não pense que treinar questões como um kamikaze transformará você no calculista.

Para jogar como o calculista na hora H, você precisa desenvolver sua visão estratégica do jogo todos os dias.

Simule provas sendo fiel ao seu baralho (A / E / B).

Seja inteligente ao treinar.

Sua aprovação começa agora, aí na sua casa.

Agora você já sabe como traçar o seu Perfil de Ataque o calculista — a estratégia que permite você passar no CESPE/CEBRASPE, atingindo a sua NR, sem resolver todas as questões da prova (regra do Mínimo Esforço Necessário).

O centro do alvo está à vista.

E a bola do jogo está com você.

O próximo passo é melhorar essa sua pontaria e começar a disputar pra valer. Bora?

Então fique de olho nos próximos posts. Preparei várias dicas práticas, bem objetivas e sem enrolação, pra você dar um gás na sua preparação e sair de vez desse atoleiro!

E se fez sentido pra você, deixe um comentário. Ouvir você só me ajuda a melhorar cada vez mais!

Bora mudar o jogo e passar nesse bendito concurso!

Vem que ainda tem muita coisa boa pela frente.

Fé na Missão!